Pesquisadores dizem que a Vit. D pode ser um tratamento adjunto de alto custo-beneficio para pacientes com fibromialgia e baixas taxas de Vit. D.
Filadélfia, 17 de janeiro de 2014
Pacientes com síndrome de fibromialgia (FMS) tipicamente tem dor e fadiga crônicas. Para aqueles com níveis de vitamina D, , suplementos de vitamina D podem reduzir a dor e podem ser uma alternativa custo-efetiva ou ajunta a outros tratamentos, dizem pesquisadores na ultima edição da revista PAIN®.
Em conjunto com dor e fadiga, indivíduos diagnosticados com FMS podem ter distúrbios de sono, rigidez matinal, má concentração, e ocasionalmente sintomas mentais de médios a severos como ansiedade e depressão. A patologia pode ter um significante impacto na qualidade de vida, resultando em perda de emprego e/ou exclusão da vida social. Não há cura, e nenhum tratamento irá resolver todos os sintomas, mas alguns podem ser aliviados com fisioterapia, terapia cognitiva-comportalmental, alopatia e terapias multimodais.
Calcifediol ou calcidiol é um pré-hormonio produzido no fígado bela enzima colecalciferol (vitamina D3). Calcifediol é então convertido em calcitriol que é a forma ativa da vitamina D. A concentração de calcifediol no sangue é considerado o melhor indicador da vitamina D.
Os pesquisadores supõem que a suplementação com vitamina D reduziria o grau de dor crônica sentida por pacientes com FMS com níveis baixos de calcifediol e também pode melhorar outros sintomas. “níveis baixos no sangue de calcifediol são especialmente comuns em pacientes com dor severa e fibromialgia. Mas enquanto a função do calcifediol na percepção da dor crônica é amplamente discutida, não temos uma clara evidência da função da suplementação de vitamina D em pacientes com fibromialgia”diz o pesquisador Florian Wepner, do Speising Hospital em Viena, Áustria. “Nós, entretanto tentamos determinar se aumentando os níveis de calcifediol nestes pacientes haveria um alivio na dor e cause uma melhora geral nas disfunções concomitantes.”
Em um ensaio clinico controlado, 30 mulheres com FMS com taxas baixas de calciferol (menos que 32nh/ml) foram randomizados em um grupo tratamento ou controle. O objetivo para o grupo tratamento era conseguir os níveis de calcifediol entre 32 e 48nh/ml por 20 semanas administrando suplementos de colicalciferol. Níveis de calcifediol foram reavaliados após 5 e 13 semanas, e a dose era revisada baseado nos resultados. Os níveis de calcifediol eram mensurados novamente 25 semanas após o início da suplementação, no qual o tratamento era descontinuado e após mais 24 semanas sem suplementação.
24 semanas após a suplementação ter sido terminada, uma significante redução no nível de dor percebida ocorreu no grupo tratamento. Entre a primeira e a 25ª semana de suplementação, o grupo tratamento melhorou significantemente na escala de função física, enquanto o grupo placebo permaneceu inalterado. O grupo tratamento também melhorou significantemente no Questionário de Impacto da Fibromialgia na questão “fadiga matinal”. Contudo, não houve alterações significativas nos sintomas de depressão ou ansiedade.
Acreditamos que os dados apresentados no estudo são promissores. FMS é um complexo de sintomas extenso que não pode ser explicado somente pela deficiência de vitamina D. Entretanto, suplementação de vitamina D pode ser colocada como uma forma de tratamento relativamente segura para pacientes com FMS e uma alternativa extremamente custo-efetiva ou adjunto ao invés de tratamentos farmacológicos caros, junto com terapias físicas, comportamentais e multimodais” diz Wepner. Os níveis de vitamina D devem ser monitorados regulamente em pacientes com FMS, especialmente no inverno, e aumentados apropriadamente”.